Carvão e cebola do Maio terão o selo dos produtos genuínos de Cabo Verde
A cebola e o carvão são os dois produtos da ilha do Maio identificados pelo
Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) para integrar a fileira dos produtos
cabo-verdianos a serem contemplados com o selo de qualidade.
A informação foi dada quarta-feira pelo
delegado do MDR nessa ilha, Carlos Dias, indicando que o Maio tem um forte
potencial para a produção de cebola, assim como o carvão que é também muito
produzido localmente. Deste modo, com base nesses indicadores, foram escolhidos
para fazerem parte dos produtos que vão receber o selo de “produtos genuínos”
de Cabo Verde.
Segundo aquele responsável, outros produtos como o
queijo, batata-doce, abóbora, melancia e pepino poderão vir a entrar nesta
fileira dos produtos genuínos, que embora não sejam produzidos ainda em grande
quantidade, poderão, doravante, beneficiar desse impulso e conquistar outros
mercados do país.
“Os agricultores estão muito mais sensíveis e mais
preparados para produzir cebola e batata-doce sem grandes dificuldades, mas os
outros também, em condições próprias, podem trazer um bom rendimento aos
agricultores do Maio, agora é preciso algum trabalho e é isso que o MDR quer
fazer”, enfatizou Carlos Dias.
De acordo com esse responsável, no Maio ainda não se
produz com a utilização de adubos ou pesticidas e isso pode ser uma marca da
ilha e se calhar de Cabo Verde,”o que pode trazer um alto valor acrescentado
aproveitando o mercado turístico”.
Carlos Dias informou ainda, que os produtores de carvão,
bem como os agricultores vão receber uma formação centrada nos procedimentos de
“pôs colheita”, conservação e embalagem desses produtos com vista à conquista
de outros mercados, nomeadamente o turístico, facto que, segundo disse, não
está a acontecer neste momento porque não possuem a certificação.
A título de exemplo, Carlos Dias indicou que o carvão do
Maio chega ao mercado de Santiago em sacos de 50 quilos, mas que a forma como é
embalada não permite que uma pessoa que queira comprar 10 quilos o faça. Por
isso, entende que se houver uma política comercial que aposte em outras
alternativas em termos de embalagem poderá ser um sucesso.
Fonte: Inforpress
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