População de Morrinho e Cascabulho sem água nas torneiras há mais de uma semana

A criadora de animais Matilde dos Reis, que armazenou um pouco de água das chuvas, disse que conseguiu “se safar” nos primeiros dias, mas a situação têm-se complicado uma vez que já não tem água nas torneiras e é obrigada a comprá-la nos auto-tanques a um preço “exagerado” de 300 escudos/barril.
“É preciso que esse problema seja resolvido de uma vez para sempre, porque já estamos fartos desta situação”, desabafou Matilde dos Reis.
O delegado do Serviço Autónomo de Água e Saneamento (SAAS), Carlos de Pina, informou que o problema de abastecimento de água nessas duas povoações se deve a uma avaria na máquina que faz a bombagem à partir de Calheta.
Acrescentou que tiveram também “alguma perturbação” na produção, e com isso, não houve gravidade suficiente.
Carlos de Pina adiantou ainda, que o problema, que vem arrastando há já algum tempo, tem a ver a conclusão da análise que o técnico vinha fazendo com a referida máquina.
“Só agora concluiu-se que houve um estrago no corpo do motor, e a sua reparação ronda os 300 mil escudos”, disse aquele responsável, precisando que a situação financeira do SAAS não permite fazer a reparação de imediato.
Carlos de Pina alertou que o problema vai permanecer por alguns dias. No entanto, explicou, que, com a normalização da produção na unidade do Porto Inglês, haverá alguma gravidade capaz de suprir as necessidades das duas localidades, “embora não de forma satisfatória”.
Por isso, o delegado do Serviço Autónomo de Água e Saneamento exortou a população a ter “um pouco de paciência” até que a avaria seja reparada.
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